O sistema elétrico brasileiro, pode ser dividido simploriamente em 3 etapas: Geração, transmissão e distribuição. A geração de energia é realizada através das usinas que transformam outros tipos de energia em energia elétrica, como as usinas hidroelétricas, eólicas, nucleares, fotovoltaicas etc. Já a transmissão, transporta essa energia através de longas linhas e alta tensão, até próximo as unidades consumidoras, onde a tensão é reduzida e assim distribuída para as unidades consumidoras.
As linhas de transmissão são obras lineares, ou seja, possuem grande extensão, normalmente medida em quilômetros, onde podemos segregar a sua execução em obras civis, montagem de torres e lançamento de cabos. Cada uma dessas proporciona riscos que se materializam em desafios para os engenheiros administrarem.
A construção de linhas de transmissão de energia é um projeto complexo em termos de engenharia e em termos de administração contratual. A ocorrência de fragilidades em qualquer uma destas disciplinas pode reduzir, e muito, a possibilidade de sucesso na sua implantação.
Nesta postagem, iremos abordar os principais riscos de alto nível de um projeto de construção e montagem de linhas de transmissão de energia.
– Riscos Fundiários
Os projetos de linha de transmissão são obras lineares que atravessam grandes extensões de terra, passando por todo tipo de terreno com as mais variadas questões legais em torno do seu traçado. Desde terrenos em área de proteção legal, até proprietários com questões familiares de difícil resolução, ou quaisquer outras questões que impliquem em negociações com pessoas físicas, jurídicas, órgãos ambientais ou governamentais.
Então, é muito comum que estas questões não sejam resolvidas tempestivamente, ou ainda impliquem na necessidade de alteração de traçado, o que invariavelmente acaba por demandar custos adicionais ao projeto.
– Riscos de Engenharia de Fundações
Por serem obras lineares, as fundações das torres são executadas em terrenos diversos e com grande variabilidade de solos entre eles, o que demanda várias soluções de fundação a ser aplicada no mesmo projeto, o que significa dizer que existem muitas vezes equipes, equipamentos, ferramentas, entre outros; distintas que muitas vezes só são aplicadas para um tipo específico de condição de solo.
Sendo assim, qualquer falha na definição das fundações, ou na realização das sondagens, pode implicar em consequências catastróficas na execução, o que adiciona ao projeto uma variável de difícil resolução, pois as equipes se planejam e se movimentam para execução de tarefas e após iniciar-se boa parte do trabalho acabam identificando condições diversas e tendo que modificar o planejamento do trabalho, o que geralmente se traduz em improdutividades, reprogramações e retrabalhos.
– Montagem das Torres
A atividade de montagem das torres depende essencialmente do fornecimento adequado das peças, da consistência do projeto e da produção e logística da entrega desses materiais em obra e no tempo adequado, além claro da própria montagem.
Quando se somam esses fatores, uma série de pequenos problemas ocorridos no processo costumam a implicar em atrasos na montagem, ou necessidade de retrabalhos. E quando, neste processo ainda existem responsabilidades partidas, como por exemplo: O cliente fornece materiais e projeto, ficando a execução de responsabilidade do empreiteiro. Neste caso, qualquer atraso na etapa de responsabilidade do cliente, resultará em um impacto na outra parte (empreiteiro) e muito possivelmente em um desequilíbrio contratual.
– Administração Contratual
Por serem projetos complexos e com um grande potencial de variabilidade dos custos, prazo e escopo, e outros, o contrato tem que fornecer a flexibilidade necessária para lidar com este tipo de ocorrências, bem como ser suficientemente claro quanto as responsabilidades de cada uma das partes.
Esse equilíbrio, por muitas vezes difícil de ser atingindo, acaba por gerar muitas divergências entre o proprietário do projeto e o executor do projeto, o que pode vir a gerar disputas contratuais.
Isso posto, é necessário que cada uma das partes se proteja de acordo com o contrato e tratem das questões de divergência com celeridade, pois em caso de conflito é muito natural que as duas partes se desgastem e possam até mesmo entrar em litígio, o que invariavelmente irá causar danos as todos os envolvidos.
– Segurança do Trabalho
As obras de construção e montagem de linhas de transmissão de energia são grandes desafios da engenharia, onde são realizados grandes movimentos numa diversidade de terrenos, condições climáticas, e outras dificuldades onde dificilmente podem ser previstas em sua integralidade.
Por este motivo, além da própria complexidade executiva, existe um risco relacionado a segurança do trabalho que deve ser constantemente observado.
Os procedimentos executivos servem para além do objetivo da boa qualidade da execução do escopo, para padronizar as atividades e reduzir ao máximo a chance de ocorrência de acidentes, sendo assim é objeto de constante observância das lideranças a manutenção da execução fidedigna das atividades aos procedimentos estabelecidos.
Nosso serviço de gerenciamento de riscos em projetos, visa a atuação da M1 Consultoria na mitigação dos riscos vivenciados em projetos dessa natureza, seja mais próximo a uma determinada disciplina, como por exemplo: segurança e meio ambiente, ou mais voltado a administração contratual, como na gestão de pleitos e disputas.
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