O Last Planner System (LPS) é uma metodologia de planejamento colaborativa que tem transformado a gestão de projetos de capital, especialmente em setores como construção civil, montagem eletromecânica e infraestrutura. Desenvolvido com o objetivo de melhorar a eficiência dos projetos, o LPS oferece uma abordagem focada em reduzir desperdícios e aumentar a previsibilidade das atividades. Neste artigo, vamos explorar a origem do Last Planner System, como ele funciona no dia a dia dos projetos de capital, e suas principais vantagens e desafios.
Onde surgiu o Last Planner System?
O Last Planner System foi desenvolvido na década de 1990 pelos engenheiros Glenn Ballard e Greg Howell como parte do movimento Lean Construction. O conceito de Lean Construction deriva da filosofia Lean Manufacturing, popularizada pela Toyota, que visa otimizar processos e minimizar desperdícios.
Com foco em planejamento e controle de produção, o LPS foi projetado para atender às necessidades de projetos complexos, como os de capital, nos quais a colaboração entre diferentes equipes é essencial para o sucesso.
Como aplicar o Last Planner System no dia a dia dos projetos?
A aplicação do Last Planner System em projetos de capital envolve várias etapas de planejamento e monitoramento, que vão desde o planejamento de longo prazo até o controle semanal das atividades. O processo é estruturado em camadas, permitindo adaptações constantes do planejamento conforme o projeto avança, contribuindo para que as atividades sejam concluídas de maneira eficiente e dentro dos prazos estabelecidos.
Aqui estão os principais componentes do Last Planner System:
Pull Plan
O Pull Plan é a fase inicial do LPS, na qual se define a sequência de atividades necessárias para alcançar os marcos do projeto. Ao contrário dos métodos tradicionais de planejamento, que seguem uma abordagem de “empurrar” atividades, o Pull Plan trabalha de trás para frente, partindo do objetivo final para identificar os passos que precisam ser realizados. Isso permite uma melhor coordenação entre as equipes, evitando conflitos de agenda e desperdício de tempo.
Look-ahead Plan
No Look-ahead Plan, o foco é o planejamento das atividades que ocorrerão nas próximas semanas ou meses. Durante essa etapa, as equipes revisam os cronogramas, identificam restrições e ajustam as metas conforme necessário, preparando todos para a execução das tarefas no tempo certo. Essa fase é crucial para a identificação e eliminação de obstáculos antes que eles impactem o andamento do projeto.
Programação Semanal das Atividades
A Programação Semanal das Atividades é o coração do Last Planner System. Ela consiste em definir o que será feito no curto prazo, com base no Pull Plan e no Look-ahead Plan, e se certificar de que todas as atividades estão prontas para serem executadas. Essa abordagem proporciona revisões constantes do planejamento, oferecendo maior flexibilidade e adaptabilidade ao projeto.
Reuniões diárias
As reuniões diárias são fundamentais para o sucesso do Last Planner System. Nesses encontros, as equipes discutem o progresso das atividades, identificam gargalos e replanejam, se necessário. Esse feedback contínuo e colaborativo mantém todos os envolvidos alinhados, aumentando a eficiência e contribuindo para que os objetivos do projeto sejam atingidos.
Principais vantagens e desvantagens do Last Planner System em projetos de capital
Como qualquer metodologia, o Last Planner System apresenta vantagens e desvantagens, especialmente quando aplicado a projetos de grande porte, como os de capital.
Vantagens:
Maior colaboração entre equipes: O LPS promove uma cultura de trabalho colaborativa, na qual todos os envolvidos têm voz no planejamento e na execução das atividades.
Redução de desperdícios: Ao focar na eliminação de obstáculos e otimização dos processos, o LPS ajuda a reduzir o tempo e os recursos desperdiçados.
Flexibilidade: Com revisões constantes e o uso de pull planning, o LPS permite que os gestores de projeto façam ajustes à medida que surgem novos desafios.
Melhoria na previsibilidade: O planejamento contínuo e colaborativo aumenta a capacidade de prever possíveis atrasos ou gargalos, permitindo ações corretivas imediatas.
Desvantagens:
Curva de aprendizado: Para equipes que não estão familiarizadas com o LPS, a implementação inicial pode ser desafiadora e requerer treinamento especializado.
Resistência à mudança: Em projetos de capital tradicionais, a transição para um modelo de planejamento colaborativo pode encontrar resistência, especialmente de gestores habituados a abordagens mais rígidas.
Necessidade de disciplina: O sucesso do LPS depende da disciplina das equipes em seguir os processos e participar ativamente das reuniões e revisões.
Conclusão
O Last Planner System é uma metodologia poderosa que, quando implementada corretamente, pode trazer inúmeros benefícios para projetos de capital. Com seu foco na colaboração, flexibilidade e redução de desperdícios, o LPS se apresenta como uma solução eficaz para enfrentar os desafios dos projetos complexos e atingir os prazos e orçamentos previstos. Entretanto, para que essa metodologia seja bem-sucedida, é essencial que todas as partes envolvidas estejam comprometidas com sua aplicação e abertas a um novo modo de trabalhar.
Você está enfrentando desafios nos seus projetos de capital? Entre em contato para saber mais sobre como podemos ajudar sua equipe nos desafios do dia a dia de seus projetos.
RMO: Escritório de Gerenciamento de Riscos
Diagnóstico Contábil e Tributário
© Copyright 2024 – desenvolvido por 8ito9
Venha fazer parte do time de especialistas da empresa de consultoria em engenharia que mais cresceu no ano de 2021!
Envie o seu currículo para o e-mail: recrutamento@m1consultoria.com.br contendo seu nome completo e página do Linkedin.
Boa Sorte!
Inscreva-se em nossa Newsletter